ABELHAS
BRASILEIRAS
Sistemática
e Identificação
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DAS ABELHAS SEM
FERRÃO
A
taxonomia é uma área da biologia que busca agrupar e classificar os seres
vivos. Para isso, os taxonomistas utilizam os conhecimentos da sistemática, que
estuda as relações (morfológicas, comportamentais, evolutivas e etc) dos
organismos. As abelhas estão entre os organismos vivos mais estudados na
atualidade, e isso reflete na constante descoberta de novas espécies. Com isso
há uma instabilidade na classificação desses organismos, sempre sendo
necessário uma revisão e uma mudança na classificação dos mesmos.
Vários
autores podem propor diferentes classificações para um mesmo grupo de organismo
(isso também ocorre em trabalhos relacionados com abelhas), porém as diferentes
classificações não dizem respeito ao conhecimento que temos sobre o grupo
estudado, e sim a posição (hierárquica) classificatória que esse organismo se
encontra. No início as abelhas foram todas classificadas por Lineu como Apis. Posteriormente, esse grande grupo
foi dividido em dois: abelhas de língua longa e abelhas de língua curta. Alguns
autores classificaram esses dois grupos como gênero, enquanto outros autores os
classificavam como família. Mais tarde, as abelhas foram classificadas também
de acordo com o seu comportamento: social, solitárias ou parasitas. Em 1944
Michener reconheceu seis famílias: Colletidae, Andrenidae, Halictidae,
Melittidae, Megachilidae e Apidae. Hoje se questiona a hipótese de agrupar
todas as abelhas em uma única família (Apidae), rebaixando assim, as famílias à
subfamília. Hoje estima-se que haja cerca de 3.000 mil espécies no país, e
destas, apenas 10% foram descritas.
As
abelhas conhecidas como “abelhas indígenas sem ferrão”, estão agrupadas na
subtribo Meliponina. Estas são eusocias, de tamanho minúsculo a médio, seus
ninhos geralmente são construídos em cavidades pré-existentes, podendo ser
também expostos. Essa subtribo contém várias de centenas de espécies,
distribuídas em regiões tropicais de todo o mundo, e também presentes em
regiões subtropicais do hemisfério sul.
Figura 1
- Entrada do Ninho de Jataí (Tetragonisca sp.)
Fonte: http://www.socialinsect-research.com/stingless-bees.php
Referências
SILVEIRA, Fernando A; MELO, Gabriel A. R.; ALMEIDA, Eduardo A. B. ABELHAS BRASILEIRAS – Sistemática e Identificação. Belo Horizonte, 2002.
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