quarta-feira, 15 de abril de 2015

Abelhas Indígenas Sem Ferrão

ABELHAS BRASILEIRAS
Sistemática e Identificação

CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DAS ABELHAS SEM FERRÃO

A taxonomia é uma área da biologia que busca agrupar e classificar os seres vivos. Para isso, os taxonomistas utilizam os conhecimentos da sistemática, que estuda as relações (morfológicas, comportamentais, evolutivas e etc) dos organismos. As abelhas estão entre os organismos vivos mais estudados na atualidade, e isso reflete na constante descoberta de novas espécies. Com isso há uma instabilidade na classificação desses organismos, sempre sendo necessário uma revisão e uma mudança na classificação dos mesmos.
Vários autores podem propor diferentes classificações para um mesmo grupo de organismo (isso também ocorre em trabalhos relacionados com abelhas), porém as diferentes classificações não dizem respeito ao conhecimento que temos sobre o grupo estudado, e sim a posição (hierárquica) classificatória que esse organismo se encontra. No início as abelhas foram todas classificadas por Lineu como Apis. Posteriormente, esse grande grupo foi dividido em dois: abelhas de língua longa e abelhas de língua curta. Alguns autores classificaram esses dois grupos como gênero, enquanto outros autores os classificavam como família. Mais tarde, as abelhas foram classificadas também de acordo com o seu comportamento: social, solitárias ou parasitas. Em 1944 Michener reconheceu seis famílias: Colletidae, Andrenidae, Halictidae, Melittidae, Megachilidae e Apidae. Hoje se questiona a hipótese de agrupar todas as abelhas em uma única família (Apidae), rebaixando assim, as famílias à subfamília. Hoje estima-se que haja cerca de 3.000 mil espécies no país, e destas, apenas 10% foram descritas.
As abelhas conhecidas como “abelhas indígenas sem ferrão”, estão agrupadas na subtribo Meliponina. Estas são eusocias, de tamanho minúsculo a médio, seus ninhos geralmente são construídos em cavidades pré-existentes, podendo ser também expostos. Essa subtribo contém várias de centenas de espécies, distribuídas em regiões tropicais de todo o mundo, e também presentes em regiões subtropicais do hemisfério sul. 



 Figura 1 - Entrada do Ninho de Jataí (Tetragonisca sp.) 
 Fonte: http://www.socialinsect-research.com/stingless-bees.php



Referências
SILVEIRA, Fernando A; MELO, Gabriel A. R.; ALMEIDA, Eduardo A. B. ABELHAS BRASILEIRAS – Sistemática e Identificação. Belo Horizonte, 2002.



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