quarta-feira, 4 de março de 2015

RESUMO DO TEXTO: HIBRIDAÇÃO in situ (FISH) E SUAS APLICAÇÕES NA CITOGENÉTICA DE PEIXES

  


Cleber Barros¹
   
             Desde a apresentação da estrutura da molécula de DNA e de sua replicação semiconservativa proposta por Watson e Crick na década de 1950, houve um grande progresso nos estudos de biologia molecular. O reconhecimento da complementaridade entre os nucleotídeos da dupla hélice e de seu mecanismo de replicação aliados aos conhecimentos sobre a reprodução de bactérias deu início ao que se chamou de tecnologia do DNA recombinante. Com esta tecnologia surgiu Hibridização in situ (HIS).
 A técnica denominada de hibridação in situ consiste basicamente no pareamento de determinado segmento de DNA ou RNA com uma sequência de nucleotídeos complementar situada dentro da célula, visando verificar se esta possui essa sequência e qual a sua exata localização. Devido ao seu grande desenvolvimento, esta técnica se tornou uma das mais informativas em citologia, sendo atualmente usada na biologia do desenvolvimento, citotaxonomia, citogenética clínica e melhoramento genético. Entretanto, para alcançar os objetivos com resultados satisfatórios, é necessário que as lâminas utilizadas sejam de boa qualidade, um bom número de metáfases com cromossomos bem espalhados. Quanto maior o nível estringência maior será a confiabilidade de sua hibridação, sendo, no entanto, necessária uma grande quantidade de DNA-alvo para que ocorra o processo na maioria das células.
As sondas utilizadas na hibridização podem ser de variados tipos, de acordo com o tipo da seqüência do DNA usada e, ou, da forma como está disposta na molécula. Das técnicas de hibridização utilizadas, a que mostra maior facilidade na obtenção das sondas é a genômica in situ (GISH), pelo fato das sondas serem formadas pela fragmentação do DNA total. O tamanho das sondas é um requisito importante a ser considerado para o sucesso do processo de hibridização, pois seqüências muito pequenas podem hibridizar regiões do DNA que não são o alvo do estudo. Por outro lado, seqüências muito grandes apresentam grande dificuldade em penetrar a célula e alcançar o alvo ou por possuírem freqüentemente DNA repetitivo disperso também podem ocasionar o pareamento fora da região alvo.
Atualmente são empregadas algumas variantes da FISH, como por exemplo, a técnica de PRINS (PRimed IN Situ labeling), onde a sonda é hibridizada in situ antes de ser marcada, pois nesta técnica a sonda funciona como um iniciador para a síntese de uma Taq polimerase que expande sua extremidade 3’ com nucleotídeos marcados, evidenciando as regiões do DNA-alvo em estudo. A partir da técnica de PRINS foi desenvolvida a técnica denominada C-PRINS (Cycling-PRINS), que amplifica o DNA-alvo in situ, com a utilização de dois iniciadores flanqueando o DNA-alvo como numa reação de PCR, incluindo todos os iniciadores, os nucleotídeos marcados e não-marcados e uma Taq polimerase, sendo o processo desenvolvido em lâminas introduzidas em termociclador que aceita lâminas em vez de Eppendorfs. O resultado do processo é a marcação do sítio do DNA-alvo com maior rapidez, maior sensibilidade e poder de resolução.


Referência

Trabalho cedido pelo Prof. Titular da Universidade do Estado de Mato Grosso. Waldo Troy, arquivo próprio. 

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